terça-feira, 10 de abril de 2012

Toda mulher tem




Toda mulher tem um pouco de santa, um pouco de doida, um pouco de mantra...

Hoje, com a idade que tenho e a vida que levo, posso dizer que já vi de tudo um pouco, e com tantos poucos que já vi, muito da minha vida, vivi. Posso dizer que toda mulher tem um pouco de medo, um pouco de coragem, um pouco de bobagem.

Toda mulher sonha com o “Príncipe Encantado”, mas acaba se encantado pelo “Cavalo Preto de Napoleão”. Toda mulher espera que ele não ligue, mas já imaginou o sobrenome dele logo após o dela. Toda mulher quer abalar a vida de alguém, perder as estribeiras, ser dona da insônia “sabe-Deus-de-quem”. Toda mulher já viveu uma aventura, já quis por distração, já desistiu por ser cabeça dura. Toda mulher já ligou na hora errada, já perdeu a fala, já falou besteiras que não poderiam ser consertadas.

Toda mulher precisa de colo, toda mulher adora dar colo, mesmo depois de te mandar ir embora com o rabinho entre as pernas. Toda mulher já disse para alguém não mais a procurar, nunca mais ligar, não aparecer, virar as costas, sair e não voltar, mesmo sabendo que não seguraria as lágrimas. Toda mulher já negou o que sentia, achando que enganava quando mentia.

Toda mulher espera ter liberdade, sair com as amigas, passear pela cidade, mas se consome se ele aceitar isso com naturalidade. Toda mulher já fez algo que se arrependeu, já amou um plebeu e caiu nos “braços de Morfeu”. Toda mulher já ficou dividida entre a casca e a ferida, de um amor não correspondido, ou o sabor do proibido. Toda mulher já quis o que não teve, dividiu o que não podia, negou quando queria. Toda mulher já teve um amor impossível, um sonho correspondido, algo inexplicável. Toda mulher já pediu pra não ser esquecida, já esqueceu de esquecer, mesmo sem muito conhecer.

Toda mulher, no fundo, sabe o final da sua história, sabe quando é figurante na trama de alguém, mas sabe que, muitas vezes, a figuração ajuda na cena final... Toda mulher sabe, que às vezes, está ali só pra ajudar a terminar um roteiro mal escrito.

Toda mulher já deu piti por causa de TPM, comeu chocolate até ter dor de barriga, chorou que nem um bebê por um motivo idiota, xingou quem não merecia, ou pediu conselhos a quem não deveria.
Toda mulher ri sem motivo, mente, suspira, se engana. E em cada suspiro, um engano, uma dúvida, uma certeza... Será?... Será?...

Toda mulher muda, e muda sempre... Num único dia, pode ser um pouco de tudo, pode amar meio mundo e odiar a outra metade. Talvez a grande dificuldade seja acompanhar esse ritmo, frenético e lento, doce e arredio... Toda mulher, às vezes, é sem educação, impulsiva, compulsiva e sem compostura, outras vezes, um poço de gentileza, dando até palestra de etiqueta. Toda mulher quer tudo, quer muito, outrora, não quer nada, não pensa nada, não sabe de nada. Toda mulher, sou somente eu, pensando alto, correndo no asfalto, em meio aos devaneios que a vida trás.

6 comentários:

  1. É, fiota, muié é um bicho danado de cumpricado, uai!... Esperneia, sapateia, iscói, iscói e diz que homem nenhum presta. Se num presta mesmo, pq iscói tanto? Hihihihihi!!!!!!!.....

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    1. srrsrs.... uai, tem que iscoiê mesmo!! Papai não cuidou a toa! rsrsrsrrs...

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  2. Ó, Sô Orico, sua fia sabe escrever... sabe sim! é danusca de bom o texto dela!
    Não fora fia docê...
    Bjks
    JP
    jp@jpveiga.com.br

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  3. Muito bom Fabiana! Está tudo aí!Que bom que colocou em palavras um jeito de ser que, até a nós mesmas, muitas vezes confunde!

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    1. Muito obrigada! Rs... É... acho que está tudo aí mesmo! rsrsrs

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