E caímos na rotina
Cair na rotina é olhar pro lado no meio da madrugada e ver a cara amassada. É tentar a todo custo deitar no travesseiro alheio e agarrar ou pelo menos encostar qualquer parte do corpo do outro. É ele fugir até não caber mais na cama. É fazer isso a noite toda, até que estejamos suados e o dia comece.
Cair na rotina é saber o tempo do banho, saber que não adianta fazer o café e esperar tomar quente, ele sempre esfria. Cair na rotina é esquentar a comida e o outro demorar a ligar a série pra gente ver juntos. Cair na rotina é acabar cada temporada e iniciar novas séries. O netflix é rotina.
Cair na rotina é saber que cada refeição, mesmo de mal humor, é um momento pra ter a companhia um do outro.
Cair na rotina é não querer conversar, é emburrar por aquilo que o outro "sempre faz". É, um dia, não mais precisar falar, porque os olhares já se falam é aquilo construído já está instruído.
Cair na rotina é saber que todo dia é mais um dia de todos os nossos dias. É a segurança de dividir aquilo que todo mundo tem: a rotina.
Pés no chão e cabeça nas nuvens...
Escritos sobre aquelas horas em que se pensa um monte de coisas e não se pensa em nada... Em que se vai às nuvens, sem tirar os pés do chão...
domingo, 23 de abril de 2017
segunda-feira, 12 de dezembro de 2016
Sim
Sim
Aceito
Anseio
Viver
Sim
Caso
Se acaso
Não for o caso
De fim por acaso
Sim
Te abraço
Seu braço
No meu
Pra dormir
Sim
Te beijo
Festejo
Sua chegada
Todo dia
Em nossa morada
Sim
Te digo
Não ligo
Nem brigo
Só beijo
Lhe tenho a dar
Sim
Eu durmo
Acordo
Me aprumo
Recordo
Daquele dia
Bom de lembrar
Sim
Te amo
Te chamo
Tem ano
Demais pra viver
Aceito
Anseio
Viver
Sim
Caso
Se acaso
Não for o caso
De fim por acaso
Sim
Te abraço
Seu braço
No meu
Pra dormir
Sim
Te beijo
Festejo
Sua chegada
Todo dia
Em nossa morada
Sim
Te digo
Não ligo
Nem brigo
Só beijo
Lhe tenho a dar
Sim
Eu durmo
Acordo
Me aprumo
Recordo
Daquele dia
Bom de lembrar
Sim
Te amo
Te chamo
Tem ano
Demais pra viver
domingo, 14 de agosto de 2016
Agosto
Poeta não sou
Mas tenho amor a escrever
Palavras me faltam
Vocabulário vasto posso ainda não ter
Lhe digo em meus olhos o que não sei falar
Ainda pequeno, caneta não uso, mas já sei amar
De tantas palavras desconhecidas
Que fazem da imaginação terra sem fim
E é lá que eu posso sempre dizer
Tudo de tão lindo que você é pra mim
Mas tenho amor a escrever
Palavras me faltam
Vocabulário vasto posso ainda não ter
Lhe digo em meus olhos o que não sei falar
Ainda pequeno, caneta não uso, mas já sei amar
De tantas palavras desconhecidas
Que fazem da imaginação terra sem fim
E é lá que eu posso sempre dizer
Tudo de tão lindo que você é pra mim
À vista
Pra que não me perca de vista
Escondo as lágrimas
Desisti de enxugar
Talvez no banho elas possam descer
Engano o coração com emoções que ele não pode ter
Seguro a respiração pra não ofegar
Seguro as palavras para não ofender
Melhor que não veja
Mas assim não me perco de vista
terça-feira, 28 de junho de 2016
seis
pequeno menino
há seis meses
ou anos ou vida
já não se sabe
em mim é guarida
menino pequeno
sorriso nos olhos
de olhar sereno
não canso de olhar
não conhece mar
poderá velejar
ou em peão
ou pipa
ou caminhão
irá brincar
a crescer pequeno é
desconhece o tamanho do pé
felicidade de quem tem
sorriso que não se contém
há seis meses
ou anos ou vida
já não se sabe
em mim é guarida
menino pequeno
sorriso nos olhos
de olhar sereno
não canso de olhar
não conhece mar
poderá velejar
ou em peão
ou pipa
ou caminhão
irá brincar
a crescer pequeno é
desconhece o tamanho do pé
felicidade de quem tem
sorriso que não se contém
segunda-feira, 28 de março de 2016
Tempo tempo tempo
O tempo tem passado rápido. Tão rápido como sua chegada. Rápido e intenso. Bonito. Parece até que faltou tempo. Tempo para aproveitar seus olhos, seu cheiro, seu sorriso (tão constante), cada pedacinho seu.
Entre trabalho, casa, gravidez, casamento, bebê, é preciso de pressa. Pressa pra desligar o computador a cada suspiro seu. Pressa para fazer a mamadeira daquela fórmula que você não gosta nem do cheiro. Pressa pra ver seu sorriso. Pressa pra arrumar a casa. Pressa pra não deixar nada na mão.
Sinto falta do tempo em que você estava aqui dentro e eu podia te aproveitar integralmente. Principalmente de noite, quando você resolvia mexer na mesma hora em que eu queria dormir. Como é bom acordar por você. Não tenho pressa pra você.
A gente (grande) com tanta pressa pra vida e você... ah, você... Você não te pressa pra nada, nos olha de maneira demorada. Sorri com os olhos e boca torta. Parece me freiar a todo instante, como quem diz "calma, que há tempo. É o nosso tempo". Entendi. Você nos mostra a todo instante que o relógio pouco importa, que nosso tempo, não pode ser contabilizado.
Em 3 meses você me ensinou a ser mãe de um jeito de quem sabe o que está fazendo. Eu não sei, tantas vezes, mas você sim, você sempre sabe. Tão novo nos ensinou a ter força e paciência e, mais ainda, a crer. Crer em toda e qualquer esperança. Crer em você. Você nos mostrou, mais uma vez, como nosso conhecimento é pífio quando se trata de você.
Você sabe viver, com sua calma aproveita cada mamada como o momento perfeito que é. Você sabe manter a calma e (o mais bonito) sorriso no rosto, até mesmo nos momentos mais difíceis. E quem sou eu pra falar de momentos difíceis, quando você sorri... Enquanto eu me assusto, me apresso, você sorri para seu móbile e nos faz olhar a magia que é ver bichinhos voando por nossas cabeças. E eu fico aqui, nesse exercício diário de desvendar a maternidade e esse amor que tomou conta de mim. Esse amor que eu não sabia existir.
Obrigada meu leãozinho, por estes 3 meses, este prelúdio do que é ser feliz e por me fazer melhor em tão pouco tempo.
Entre trabalho, casa, gravidez, casamento, bebê, é preciso de pressa. Pressa pra desligar o computador a cada suspiro seu. Pressa para fazer a mamadeira daquela fórmula que você não gosta nem do cheiro. Pressa pra ver seu sorriso. Pressa pra arrumar a casa. Pressa pra não deixar nada na mão.
Sinto falta do tempo em que você estava aqui dentro e eu podia te aproveitar integralmente. Principalmente de noite, quando você resolvia mexer na mesma hora em que eu queria dormir. Como é bom acordar por você. Não tenho pressa pra você.
A gente (grande) com tanta pressa pra vida e você... ah, você... Você não te pressa pra nada, nos olha de maneira demorada. Sorri com os olhos e boca torta. Parece me freiar a todo instante, como quem diz "calma, que há tempo. É o nosso tempo". Entendi. Você nos mostra a todo instante que o relógio pouco importa, que nosso tempo, não pode ser contabilizado.
Em 3 meses você me ensinou a ser mãe de um jeito de quem sabe o que está fazendo. Eu não sei, tantas vezes, mas você sim, você sempre sabe. Tão novo nos ensinou a ter força e paciência e, mais ainda, a crer. Crer em toda e qualquer esperança. Crer em você. Você nos mostrou, mais uma vez, como nosso conhecimento é pífio quando se trata de você.
Você sabe viver, com sua calma aproveita cada mamada como o momento perfeito que é. Você sabe manter a calma e (o mais bonito) sorriso no rosto, até mesmo nos momentos mais difíceis. E quem sou eu pra falar de momentos difíceis, quando você sorri... Enquanto eu me assusto, me apresso, você sorri para seu móbile e nos faz olhar a magia que é ver bichinhos voando por nossas cabeças. E eu fico aqui, nesse exercício diário de desvendar a maternidade e esse amor que tomou conta de mim. Esse amor que eu não sabia existir.
Obrigada meu leãozinho, por estes 3 meses, este prelúdio do que é ser feliz e por me fazer melhor em tão pouco tempo.
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