quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Hoje...

dormimos na sala e eu adormeci quando olhava a caixinha de colagens que fica lá na estante, abaixo do nosso álbum de fotografias. Aquele que fiz com colagens, enquanto você bisbilhotava o que eu fazia no quarto. No mesmo instante, a ermo de qualquer lucidez, num momento ébrio entre a realidade e o prelúdio do sonho por vir, tocavam em meus pensamentos as músicas de Ney, Marcelo e Eddie, num misto de vislumbre, poesia e coisa-outra, essa que não sei o nome, mas você me disse pra chamar de amor. 
No quarto, estavam, intocáveis os sonhos que sonhamos juntos, ali no mesmo lugar, perto da gaveta que guardo o vestido bonito que me deu. Dormimos na sala pra ver mais um pouco de TV. Não vimos. Dormimos enquanto passava qualquer-coisa-desinteressante no canal aberto da TV, você ao meu lado e eu ao lado do lado teu, daquele jeito em que você me põe a recostar sobre a preguiça de um dia comum. E assim segue a noite. E assim segue o dia. As noites. Os dias. 



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