sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Elas e Eles



Ela, como toda boa moça, foi criada com amor e carinho por seus pais. Ele, talvez nem tão bom moço assim, na verdade, com pinta de bad boy, foi criado pra ser livre e isso bastava. Cada um com sua visão de mundo, um jeito particular de viver isso que chamamos carinhosamente de vida. Ela tem sonhos, Ele, também, e isso é tudo e era tudo havia em comum entre os dois. Ela, a princesa do pai, ele, o garotão da mãe, ambos com certa excentricidade em sua árvore genealógica.
Ele, com um violão na mão, e uma voz rouca, sempre conquistou sorrisos, suspiros e abraços... Ela, com suas bonecas, ansiava em viver um conto de fadas.  O que Ela ainda não sabia, é que nem sempre o final feliz é da princesa, nem sempre a bruxa é feia e nem sempre o príncipe e a princesa vivem felizes para sempre. Apesar de sua sensibilidade apurada, Ela sempre fez e faz de tudo para se mostrar forte como uma rocha, Ele, esconde o medo, um medo de temer algo desconhecido.
Por Ele, muitas “elas” passam também, mas como os outros “eles”, Ele também, se enrola, se perde, num beco de idas e vindas por caminhos já terminados. E, nesse vai e vem, Ele acaba por deixar Ela de lado, talvez não a esqueça, talvez sim, não há como saber, o fato é que ela permanece tangente à estrada que Ele percorre. Ela compreende que Ele precisa de tempo, de refresco, de sossego, para colocar as ideias e os sentimentos no lugar, e Ela assim o deixa. Deixa Ele pensar, sentir, fazer...
E assim, a vida vai rolando, o tempo vai passando e as coisas vão acontecendo, e Ela e elas, e Ele e eles vão seguindo paralelamente seus caminhos tortuosos, esperando para que logo eles se cruzem, aproveitando os lapsos dos desencontros, e das armadilhas do destino.

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